mais uma vez
estou só
sem ninguém
sem amor
sem saudade
mais uma vez
estou só
sem nenhuma dor
sem nenhuma palavra
vazio
de pensamentos
de sentimentos
absolutamente só
não restou nada
nada além de mim
jogado em mim
largado
ainda vivo
respirando o pouco ar
que me resta
estou só
sem vida
sem nada
em ruínas
corpo calejado
sem humor
sem rancor
sem nada
absolutamente só
no dia que não acaba
na noite que não chega
para que eu possa
esconder-me na escuridão
nada restou em mim
só
mais uma vez
como sempre
só
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
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Essa, a segunda poesia predileta.
ResponderExcluirA solidão escrita de uma forma tão intensa, visceral e bonita ao mesmo tempo.
A solidão total, física e da alma.
A solidão sempre foi seu tema marcante,
mesmo nao fazendo parte do seu eu.
Linda!!